quarta-feira, 25 de julho de 2012

Eu assisti: Na estrada

Na estrada surgiu como duas boas notícias: a primeira é ver uma adaptação do livro de Kerouac nos cinemas, e a segunda, o nome de Walter Salles na direção. Isso porque o diretor de Central do Brasil, não só nesse, como em outros filmes, já demonstrou que faz o filme do seu jeito e não precisariamos nos preocupar com um filme que se apoiaria apenas no fato de ser um filme alternativo, já que isso não é garantia de qualidade.

Na estrada (On the Road) é inspirado no livro homônimo, escrito por Jack Kerouac sobre Sal Paradise e o impacto causado sobre ele após conhecer Dean Moriarty. Aos 20 e poucos anos, Sal decide cair na estrada para adquirir experiências e inspiração para escrever seu livro. Após o falecimento de seu pai, deixou sua mãe em Nova York e foi cruzando a estrada e a vida de vários indivíduos "loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício".



Como esperado de um road movie, o filme segue com as reflexões e descobertas de Sal, enquanto ele vai conhecendo e entendendo pessoas, seus relacionamentos, e acompanha toda a intensidade de Dean e a atração que ele causa sobre homens e mulheres, como Carlo (Tom Sturridge), Marylou (Kristen Stewart) e Camille (Kirsten Dunst), na década de 50, a época da famosa geração beat. Talvez seja ai, que um filme que tem uma trilha sonora perfeita, uma fotografia impecável e um elenco que cumpre com qualidade suas funções, se perca, pois todo esse processo de crescimento do personagem de Sam Riley se passa numa repetição de um "mais do mesmo": estrada, bebida, sexo, drogas, Dean Moriarty deixando alguém na mão. Dean esse, de Garrett Hedlund, que não consegue impressionar como o de Kerouac.

Mesmo apesar da repetição, a qualidade do filme consegue colocá-lo na posição de uma adaptação que dificilmente desagradaria a um fã de Kerouac. Todo o Jazz, todo o Blues, toda a intensidade, são mostrados tão vivamente que conseguiram deixar uma época a vista de qualquer olho. O Sal Paradise de Sam Riley dificilmente não vai te convencer a querer participar de tudo aquilo. Seguir uma estrada sem saber para onde ir, conhecer um mundo novo e deixar o que é velho para trás. E ainda escrever um livro.
Na Estrada 3 Pipocas
On the Road, Walter Salles, 2012

domingo, 10 de junho de 2012

Eu Assisti: Prometheus

Nesse feriado tive tempo para assistir a vários filmes, mas quase perdi de ver, talvez, o melhor deles. Apesar de meus amigos serem da mesma espécie que eu, e falarem a mesma língua, um problema de comunicação me fez chegar momentos antes do começo da sessão.

 Ainda bem que conseguimos assistir a Prometheus, o filme traz os clichês alienígenas todos de volta mas mesmo assim de uma maneira nova.




Prometheus (2012) 

 A história nos apresenta um time de cientistas em busca de formas de vida no universo à bordo da espaço-nave que dá nome ao filme. No meio da jornada, é discutida todas as maiories questões do universo, como: de onde viemos e para onde vamos? E possíveis respostas os fazem desembarcar num mundo alienígena devastado.



Boa parte do filme é como um suspense futurista, que
deixa toda a sensação de explorar um lugar
desconhecido muito mais interessante. As explosões e velocidade que todo filme de aventura precisa ter fica onde deve ficar: no clímax do longa dirigido por Ridley Scott (Hannibal, Gladiador e Alien).

 Para quem sentia falta de um bom filme de ET e mortes escatológicas, Prometheus os espera em 15 de junho, nos cinemas. Nós recomendamos!

Prometheus
Prometheus, Ridley Scott, 2012

/100



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terça-feira, 5 de junho de 2012

Eu assisti: Branca de Neve e o Caçador

Como você imagina que alguém possa assassinar, envenenar e transformar todo um reino em trevas sem parecer sombrio? Pois é, não dá. E Rupert Sanders sabia bem disso ao contar o conto de fadas já contado muitas vezes da princesa branca como a neve.

O longa passa longe de ser assustador, afinal é um conto de fadas, mas é bem mais obscuro e adulto que o tradicional. Branca de Neve e o Caçador tem oito anões desta vez, um caçador bêbado (Chris Hemsworth) e uma rainha má (Charlize Theron) que parece bem mais má aqui. Os efeitos para criar o fantástico, são realmente fantásticos e leva nossa imaginação para um mundo impressionante.



O problema do filme, é nos trazer uma protagonista apagada, quando o título do filme e a própria história já acusa que é ela quem deveria brilhar. Aqui, mais uma diferença da história tradicional são os salvadores e os que precisam de ajuda: além do caçador que salva Branca de Neve, Charlize Theron como Ravenna salva o filme, e toda a produção salva a cena enquanto Kristen Stewart ainda acha que é Bella Swan.

Branca de Neve e o Caçador 3 Pipocas

Snow White and the Huntsman, Rupert Sanders, 2012

sábado, 19 de maio de 2012

Eu assisti Breaking Bad

Ultimamente procurei assistir séries que não estejam em tanto destaque, as famosas modinhas.
Foi em uma dessas procuras por séries menos conhecidas que me deparei com Breaking Bad, o que se tornou a série da vez, pelo menos pra mim, principalmente por ter uma história diferente de qualquer outra que eu já tenha assistido.


A trama gira em torno de Walter White(Bryan Cranston), ótimo químico, que ao contrário de seus amigos não conseguiu fazer um grande negócio e acabou como professor em uma escola de ensino médio em Albuquerque, Texas. Casado e pai de Walter Jr(RJ Mitter), esperando uma filha de Skyler(Anna Gunn), sua mulher.
Walter White descobre que está com câncer pulmonar em estágio avançado, e consequentemente uma vida com data de validade.

Em meio à tudo isso o químico sente-se na responsabilidade de deixar dinheiro suficiente para sua família, para que pudessem ter uma vida sossegada após a sua morte.
Porém como conseguir dinheiro para deixar para família? Fácil, se tornar um fabricante/traficante de drogas, certo? Errado, digo, o caminho era esse, porém nada fácil já que um professor de química teoricamente não saberia nada sobre o tráfico de drogas, porém tentando conhecer esse mundo Walter pede ao seu cunhado Hank(Dean Norris), policial de combate às drogas, que participe de uma operação, e é nessa participação que ele conhece Pinkman(Aaron Paul), um viciado, drogado e fabricante/traficante de drogas e ex-aluno.
À partir deste momento que Professor e ex-aluno resolvem o conhecimento da química com o do tráfico para poderem fazer dinheiro com as drogas, que é quando a coisa começa a ficar interessante.

Como eu disse, a série não tem uma história clássica, as coisas não se desenrolam de forma fácil e em nenhum episódio a história é deixada de lado.
Atualmente a série está  na 4º temporada e a 5º quinta será lançada provavelmente em Julho.

E a minha deixa fica com Winter is Comming!!!

Ruptura Total5 Pipocas

Breaking Bad, Vince Gillian, 2008

terça-feira, 27 de março de 2012

Eu assisti John Carter!

Pra falar a verdade eu num esperava muito desse filme. Ou esperava. Eu num sei exatamente, eu queria esperar pelo melhor, mas tinha medo.
Parece uma coisa comum ultimamente, cada vez mais temos medo de esperar demasiadamente por algo e com o cinema é comum termos nossas esperanças frustradas. Com John Carter eu me arrisquei a acreditar, temi pelo pior durante o filme e sai com uma sensação estranha, meio diferente, mas, satisfatória.

John Carter


Pra começar vou falar algo que modifica tudo que vem a seguir: Os filmes de ficção não são os meus favoritos!
Pronto, partindo desse principio, vocês conseguirão tirar proveito do meu texto da melhor forma para vocês.
É estranho mas hoje meu texto ta ao contrário, a conclusão ta vindo antes, então já adianto... Ótimo filme. Tem vários pontos interessantes que gostaria de destacar nesse filme e quem sabe refletir sobre eles. o.0
John Carter já trabalhou para o país, hoje quer ser dono de si próprio, fazer o que bem entender. Não quer vinculo com ninguém. Ele tem um interesse único desde que o filme se inicia, Ouro. Um certo Ouro de uma certa aranha.
Em busca disso ele encontra um outro planeta, kkkkkk, ta bom, num é bem assim... mas é. Sem se dar conta ele está em Marte! Um dos pontos altos do filme é esse, não foi só para mim, mas, me pareceu estar assistindo o desenho de Tarzan. Ele aprende a andar como marcianos, com muitas dificuldades. Ele tenta se comunicar com a nova raça e novamente é motivo de risadas da platéia. Uma bela homenagem ao homem da selva.
O Desenrolar do filme é em torno de um vilão "laranja" que quer se casar com a atual princesa para dominar o planeta todo sem muita guerra, apesar de já ter destruído metade dele. É claro que ela se apaixona por John e Carter por ela, simples e previsível. Mas isso não desmerece o filme exatamente por não ser o foco de tudo.


O Filme tem como narrador o próprio aventureiro de marte, que deixa uma carta a seu sobrinho descrevendo toda essa aventura e esse romance. Um ponto bem sacado.
Além da história, outros pontos são bem divertidos como: o cão alienígena; a personalidade de John Carter, sempre enfrentando a todos, mesmo que isso lhe custe; as lutas que lembram muito Conan e Hércules; Os alienígenas; A imagem, que por sinal é muito boa.
Pra ser sincero, gostei do que vi e gostei ainda mais do final. Mesmo que isso seja um spoiler para quem não viu ainda, eu estou esperando pela continuação.
 

John Carter: Entre Dois Mundos
John Carter, Andrew Stanton, 2012
/100



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